Frase

"(...) Quem vai no chão de fábrica compreende melhor o que está acontecendo. Nada melhor do que conversar, escutar e olhar nos olhos de quem foi diretamente afetado (...)" Romeu Zema Neto, governador do Estado de Minas Gerais, durante o lançamento da Campanha S.O.S. Chuva 2023-2024, a respeito dos atingidos por tragédias consideradas naturais na sociedade capitalista, como chuvas em áreas urbanizadas, rompimentos de barragens de rejeitos minerários e coronavírus

sexta-feira, 31 de julho de 2020

José Pereira Durães, inimigo de Ricardo Athayde, assassino do bailarino Igor Xavier

Nascido em Brasília de Minas no dia 10 de outubro de 1949 do casamento entre Leotina Pereira da Rocha e José Ferreira Durães, José Pereira Durães faleceu na manhã de quarta-feira, 29 de julho de 2020. Morava no Bairro Santa Rita de Cássia em MOC-MG. Trabalhou no Frigorífico Wilson, em São Paulo/SP. Era dono da Cachaçaria do Durães na Rua Justino de Andrade Câmara (antiga Rua do Comércio), no centro histórico da cidade. A Cachaçaria do Durães chegou a incomodar os barzinhos do Parque de Exposições João Alencar Athayde. Em entrevista a Reginauro Silva no dia 22 de julho de 2005, José Pereira Durães desabafa e revela que Ricardo Athayde o prejudicou.

"Você disse que não guarda mágoa de ninguém, mas teve um pessoal que te perseguiu muito naquele outro ponto, principalmente logo após o assassinato de Igor Xavier. Como é que foi isso?", pergunta Reginauro Silva, do jornal "O Norte de Minas" e hoje jornal "Hoje em Dia". "Eu fui muito prejudicado na época, porque parece que o assassinato tinha sido dentro do meu bar, e meu bar não teve nada a ver com o crime. Eles se encontraram lá, saíram de lá, infelizmente aconteceu, então, muita gente se afastou do meu bar. Muita gente", diz entristecido. "Mas tem alguém, especificamente, que o prejudicou?", insiste Reginauro Silva. "A única pessoa que me prejudicou foi a família Athayde, o Ricardo Athayde. Se eu encontrar com ele hoje, sou capaz de fazer qualquer coisa de ruim, meter a mão, até, na orelha dele. Ele me prejudicou, me fez pedir dinheiro emprestado pra pagar luz, água e funcionário. Fui à falência", confessa Durães que morreu perto de completar 71 anos de idade.

"Foi uma campanha cerrada contra o barzinho Casa Grande?", pergunta Reginauro Silva. "Sim! Esse lance de Igor, pessoa linda e maravilhosa, que sempre me ajudou, sempre promovia a casa, esse negócio que aconteceu com ele lá foi terrível!", recorda. "E o Ricardo Athayde está solto até hoje. O que você acha disso?", indaga. "É, fazer o quê?", aponta, impotente. "A gente está vendo emoção nos seus olhos. Você está quase chorando. Isso o emociona muito, não é? Você sente muito essa história, não é? Isso te marcou muito, né?", compreende Silva. "Marcou, marcou, marcou... [quase em lágrimas] Foi a terceira vez que Ricardo tinha ido ao meu bar. Primeiro, ele foi com João Avelino (Neto, secretário municipal de Segurança e Direitos do Cidadão); depois ele foi com a esposa e o filho; a terceira vez, ele foi sozinho, que foi o dia em que aconteceu [o assassinato, no apartamento do próprio Ricardo, em fevereiro de 2002]", narra Durães.

"Nesse dia, você não percebeu qualquer tipo de premeditação, não?", continua Reginauro Silva. "Não. Então, eu o tratei como um cliente normal, nunca sentei na mesa dele pra conversar com ele", testemunha. "Ele estava com o Igor?", insiste novamente. "Não. Ele não estava com o Igor. Coincidentemente aconteceu de, na hora, ele sair... Igor passou na mesa dele, tinha uma amiga nossa na mesa, cumprimentou e saíram juntos", acrescenta. "Quem era essa amiga?", deseja saber o comunicador. "Ela se chama Ivana", revela José Pereira Durães. "Essas pessoas que frequentavam seu bar antes da tragédia e, depois, deixaram de frequentar, você não os considera como seus amigos, mas se chegarem aqui você os recebe de coração?", pergunta Reginauro Silva. "Com certeza! Daí pra cá aconteceu... meu bar virou um local marginalizado, todo mundo derrubando o bar de Durães, o Casa Grande e tal, mas...", é reticente. "Falam que se consumia droga lá...", argumenta Silva. "Ah, com certeza. Sempre falaram, bar de Durães só dá maconheiro, cheirador de cocaína, mas superei isso tudo. Deixa pra lá...", joga a toalha. Na entrevista, José Pereira Durães relata que estabeleceu amizade com o colunista social Theodomiro Paulino e com o empresário Paulo César Mota Santiago. Clique AQUI e leia a entrevista na íntegra.

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