Frase

"(...) Quem vai no chão de fábrica compreende melhor o que está acontecendo. Nada melhor do que conversar, escutar e olhar nos olhos de quem foi diretamente afetado (...)" Romeu Zema Neto, governador do Estado de Minas Gerais, durante o lançamento da Campanha S.O.S. Chuva 2023-2024, a respeito dos atingidos por tragédias consideradas naturais na sociedade capitalista, como chuvas em áreas urbanizadas, rompimentos de barragens de rejeitos minerários e coronavírus

sexta-feira, 7 de junho de 2019

"Eu tava com atestado na mão para me aposentar como doido. Quem quer aposentar como doido?", questiona Gilmar Gusmão

O poeta e naturalista Antônio Gilmar Maia Gusmão visitou no final da tarde desta sexta-feira (07/06) a Biblioteca do Autor Montes-Clarense "Maria das Mercês Paixão Guedes" (Rua Padre Augusto, 183, quarto andar, prédio da Drogaria Minas-Brasil Manipulação), parceria entre a Academia Feminina de Letras de Montes Claros (AFL-MOC) e a rede de farmácias Drogaria Minas-Brasil. Gilmar Gusmão contou ao livreiro João Renato Diniz Pinto que entrou para trabalhar na Biobrás (hoje Novo Nordisk) em 20 de dezembro de 1978 e saiu em 1984. "Eu tava com atestado na mão para me aposentar como doido. Quem quer aposentar como doido? Eu sou o Alfa e o Ômega", filosofou. 

Revelou que tem telegramas em casa de ex-presidentes da República Federativa do Brasil. "Eu tenho um telegrama de Fernando Henrique lá em casa. Eu andei rasgando uns papéis lá em casa. Não sei onde tá. Escrevi para Fernando Collor no intuito de melhorar a aerodinâmica do carro brasileiro", citou e comentou a seguir variados temas. 

"Tem energia estática, energia sinética. A velocidade da luz é de 300 mil quilômetros. Sabe o que é um ano-luz? Sabe quem fez essas folhinhas de calendário? Foi o papa Gregório. Uma hora não é 60 minutos não? Uma hora é 59 minutos. A noite e o dia não são 24 horas. Se tem o ano bissexto é para corrigir. Por que ano bissexto? Não vejo lógica nessa palavra. Fevereiro tem 29 dias e o ano 366", enumerou o poeta que ficou internado no Prontomente em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, na década de 1980. 

"Mal de Alzheimer?" interrogou e convidou. "Vamos jogar dama? Depois das nove horas da manhã, já estou livre para jogar. Assisto o Jornal da Record porque são duas mulheres bonitas que apresentam", confidenciou seu gosto pela TV Record para logo depois analisar a rede de televisão do bispo Edir Macedo, comprada do empresário Silvio Santos no início da década de 1990. "Só o Templo de Salomão custou R$ 1 bilhão. R$ 2 bilhões para Edir Macedo é mixaria. Cada dizimista oferece R$ 500 à Igreja Universal do Reino de Deus", contabilizou ao encerrar o dia com uma poesia contra o dinheiro. 

"Money de papel ou metal que muitos julgam o principal. Money, Money: não! Vamos amar!", conclamou. "Nas poesias minhas, não ponho ponto final, não ponho vírgula, nem nada", explicou. "Sabia que eu sou o cordeiro?", interrogou ao rabiscar o papel em que o livreiro tentava anotar o pensamento rápido e não-linear de Gilmar Gusmão. A conversa continuará em uma próxima postagem, com certeza.          

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