Frase

"(...) Quem vai no chão de fábrica compreende melhor o que está acontecendo. Nada melhor do que conversar, escutar e olhar nos olhos de quem foi diretamente afetado (...)" Romeu Zema Neto, governador do Estado de Minas Gerais, durante o lançamento da Campanha S.O.S. Chuva 2023-2024, a respeito dos atingidos por tragédias consideradas naturais na sociedade capitalista, como chuvas em áreas urbanizadas, rompimentos de barragens de rejeitos minerários e coronavírus

sábado, 5 de dezembro de 2020

"A cultura norte-mineira, por si só, já se espalha, se propaga", declara Terezinha Campos, presidente da AFL-MOC

Literatura, gastronomia, folclore, música e dança são marcas da região

POR Adriana Queiroz (texto)
Léo Queiroz (imagem)


Terezinha de Souza Campos e Neves nasceu em Montes Claros aos 18 dias do mês de setembro de 1945. “Graças a Deus, porque amo esse torrão”, diz a escritora. É professora aposentada com 40 anos de magistério sendo 25 anos na rede estadual de ensino e 15 na rede particular. “Com orgulho”, conta. No dia 02 de dezembro de 2019, a escritora tomou posse como presidente da Academia Feminina de Letras de Montes Claros (AFL-MOC). A instituição, fundada em 29 de julho de 2009, foi idealizada pela saudosa professora Yvonne de Oliveira Silveira, conhecida pelo seu imenso trabalho em prol da cultura de Montes Claros.

Como é presidir a Academia Feminina de Letras?

É congregar intelectuais e estudiosos da língua portuguesa, enaltecer a literatura e cultivar a cultura de nossa região. O lançamento de livros próprios ou alheios, a promoção de saraus poéticos, apoio e presença em momentos culturais da cidade mostram a relevância do trabalho da AFL de Montes Claros.

Na sua opinião, como está atualmente a disseminação da cultura norte-mineira?

A cultura norte-mineira, por si, só já se espalha, já se propaga por todos os recantos da região, do Estado e do país, alcançando culturas estrangeiras, através de intercâmbios intelectuais numa troca de experiências enriquecedoras num fluxo constante e contínuo desde o artesanato, as comidas, as performances literárias, as danças, as cantigas.

Quais são os desafios para o biênio 2020-2021? 

Pretendemos e vamos conseguir com a bênção de Deus editar uma Antologia a cada ano, conservando assim a proposta da Academia, através da antologista Marta Verônica Vasconcelos Leite. Lançamentos de livros pelas confreiras e outras pessoas da cidade e/ou região; envolver-nos com promoções culturais da cidade assistindo a esses momentos; convencionar a frequência de alunos à Biblioteca do Autor Montes-Clarense, fundada pela então presidente Felicidade Maria do Patrocínio Oliveira, com o apoio do Grupo Minas Brasil e de todas as confreiras da AFL. Esses são alguns desafios e outros vão surgindo, por certo.

Na sua trajetória profissional e pessoal, você é bem decidida. Se pudesse voltar no tempo, o que deixaria de fazer? 

Desacreditar em mim mesma; olvidar a opinião do outro quanto à subestimação de meus valores; deixaria de ser o que o outro quis que eu fosse, deixando prevalecer a sua ideia. Mas hoje eu sou assim tão determinada porque as avalanches que me sobrevieram me ensinaram a ser eu mesma, enfrentando as situações com galhardia, olhando além e acima dos percalços. Aprendi que os seres humanos somos assim: vaidosos, autossuficientes, mas há um Deus que nos redime e transforma. 

A sua posse foi muito prestigiada. Boa música, autoridades, família, amigos. Como você se sentiu no dia de sua posse? 

Foi um momento de grande emoção. Minha família, meus amigos, e ex-colegas, que se transformaram em amigas. Embora com chuva, eles estavam lá, inclusive um dos componentes do trio da Banda do 10º Batalhão de Infantaria (BI) foi meu aluno. Mas amigos, ex-alunos e família são todos família. 

Em que o número de acadêmicas é fundamentado? 

A AFL de Montes Claros, a exemplo da Academia Brasileira de Letras, foi inspirada na Academia Francesa, com 40 cadeiras e 40 patronos, que são pessoas importantes, já falecidas de gerações literárias anteriores. O termo academia remonta à Academia de Platão, escola fundada pelo célebre filósofo grego situada nos jardins, que um dia teriam pertencido ao herói Akademus (donde vem o nome). Ali buscava-se pela dialética socrática o saber pelo questionamento e pelo debate. Ao contrário da Escola de Isócrates, onde o conhecimento consistia na mera repetição do saber. 

Qual a importância para o Norte de Minas Gerais reunir tantos nomes na AFL? E como é feita a seleção? 

A seleção dos nomes baseia-se na arte de escrever, no gosto e na difusão da leitura e da escrita; publicação de livros, publicação em jornais e revistas e comprometimento com a Academia e com a Literatura. 

Fonte: Jornal "O Norte de Minas"

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